Profissão Calceteiro, cada vez mais rara e onerosa

Enquanto a demanda pela pavimentação de intertravados aumenta exponencialmente no Brasil, a contratação de calceteiros é cada vez mais difícil e onerosa para empresários do segmento. 

O processo de pavimentação de intertravados em muitos países ainda é manual. Países em desenvolvimento, como o Brasil, utilizam a mão de obra manual (calceteiro) de forma frequente em obras de pavimentação. Para acelerar a pavimentação nas obras e conseguir mais contratos em menos tempo, as empresas acabam contratando mais calceteiros, aumentando o custo da obra, o risco trabalhista, e o desperdício de material. 

Um estudo realizado pela Optimas no início de 2022, em pesquisa realizada com mais de 180 empresários do ramo da pavimentação em 13 estados brasileiros, revelou um dado crítico na pavimentação de intertravados. Mais de 60% das pessoas que procuraram por uma solução mecanizada, apontaram a mão de obra como o maior problema, desse número:

  • 58% não consegue finalizar uma obra no tempo acordado, devido a faltas recorrentes, abandono do trabalho e processo produtivo lento;
  • 52% afirmam ter dificuldade em contratar calceteiros (Nordeste e Centro-Oeste);
  • 13% disseram ter problemas trabalhistas com os profissionais contratados.

O mesmo estudo revelou dados importantes e impactantes quando comparamos a pavimentação manual de intertravados com a pavimentação de intertravados mecanizada. 

Analisando 1.000 metros quadrados de pavimentação de intertravados nas duas modalidades de trabalho, o custo dessa pavimentação feita por dois calceteiros, contando todos os encargos trabalhistas, seguros e tributos, pode chegar a R$ 8.500,00. Já o custo com a pavimentação mecanizada chega ao teto de R$ 1.800,00.

custo mão de obra manual

Outro ponto importante foi o tempo de execução da obra. Com a pavimentação manual estimasse 142 horas de trabalho, com a pavimentação mecanizada apenas 14 horas. 

Você pode fazer a pavimentação mecanizada com apenas 2 operadores. O custo por hora do operador da máquina pode ser o mesmo que o custo do calceteiro, porém, com muito mais eficiência, chegando a pavimentar 700 m² em um único dia.

Como foi feito o cálculo pela Optimas

A planilha foi dividida em 2 partes. A primeira relacionada a todo o custo envolvido na compra da máquina pavimentadora:

  • Investimento total no equipamento;
  • Depreciação anual da máquina;
  • Captação de financiamento no banco (juros/ano);
  • Custo de manutenção preventiva e preditiva (custo anual);
  • Custo de combustível – Consumo 3L/H


Vale dizer que a máquina pavimentadora de intertravados tem se valorizado ao longo dos anos devido a variação do euro, então o impacto na depreciação do equipamento chega a ser nula.

Na segunda parte da planilha, com base nos dados acima, realizamos um comparativo entre a pavimentação de mão de obra manual e a mecanizada. Nela foram consideradas as seguintes informações:

  • Performance da máquina pavimentadora por m²;
  • Custo da Mão de Obra manual para 2 pessoas por hora, incluindo seguros e todos os encargos;
  • Performance do assentamento manual por hora.


Consideramos 70 m² por hora de performance da máquina pavimentadora e 7 m² de performance do assentamento manual por hora. Não adicionamos nos cálculos o desperdício e quebra de material e uma margem de risco em caso de contratação informal e risco de ações trabalhistas.

Os cálculos finais mostram o retorno do investimento com a pavimentação mecanizada, comparando os custos de mão de obra manual e mecanizada nos cenários de 1.000 m² até 50.000 m² quadrados de pavimentação.

Só para se ter uma ideia, com base nestes cálculos, aproximadamente com 25.000 m² de pavimentação o cliente terá o custo de R$ 214.284 na mão de obra manual e apenas R$ 42.857 com a mão de obra mecanizada. 

E ainda com a pavimentação manual levaria 3.571 horas para executar (lembrando que o cálculo considera apenas 2 pessoas na obra, a mesma quantidade de pessoas operando a máquina pavimentadora). Sendo que com a pavimentação mecanizada apenas 357 horas.

Baixe a planilha de Retorno de Investimento

Margem de Ganho

A inovação e a tecnologia são dois ativos muito importantes na divulgação e na aquisição de novos clientes. Mais que isso, inovar e investir em tecnologia pode garantir medições de custos mais apuradas e consequentemente mais margem nos contratos.

Com a aquisição da máquina pavimentadora muitos clientes têm aumentado a margem de lucro, isso porque podem subir o valor do contrato, justificado pelo investimento. Então ganha com a mecanização, aumenta a sua margem e tem tempo para adquirir mais contratos. 

Aqui não estamos colocando na conta os riscos e desperdícios envolvidos na mão de obra manual, como citamos acima: abandono de trabalho, recontratação, desperdício de material e riscos trabalhistas.

No próximo artigo deste blog vamos abordar quais os principais riscos da contratação de mão de obra informal nas obras de pavimentação e trazer casos reais, onde as obras foram embargadas, gerando um prejuízo imensurável para o prestador de serviços e seu cliente.

Força de Marketing

A Optimas tem acompanhado um aquecimento no mercado pela busca da mecanização na pavimentação de intertravados. Durante a pandemia o setor da construção civil manteve-se aquecido, e com a escassez da mão de obra por impedimentos e restrições impostas pelo COVID, muitos descobriram a automação como uma saída importante na redução de custos e riscos. 

Nos últimos anos, grandes construtoras e empresas de pavimentação adquiriram máquinas pavimentadoras de intertravados Optimas para obras em condomínios, parques, portos e até mesmo para atender uma demanda recorrente em residências e pequenas obras.

A Itauára, fábrica de pisos de blocos localizada na cidade de Itaquaquecetuba, região metropolitana de São Paulo, adquiriu a Optimas T22. Assim como ela, muitos fabricantes de blocos querem entregar a solução completa para o cliente. Além de distribuidora de blocos, eles agora estão pavimentando.

Na entrega técnica do equipamento a Optimas passou 2 dias com a equipe da Itauára em treinamento. Além da Optimas T22 eles adquiriram uma régua sarrafeadora de solo, a Mini Screed. A régua ajuda a otimizar o tempo de preparo da área a ser pavimentada e aumenta a performance de utilização da pavimentadora Optimas T22. A Mini Screed, com suas conexões, pode chegar a uma largura de 4,20 metros e é puxada por duas pessoas. Já a Maxi Screed, é um modelo maior, e é puxada por máquina.

Em suas redes sociais, a Itauára afirma estar entregando de 650 a 800 metros quadrados por dia. Em conversa com a equipe comercial da Optimas, Frederico Augusto Guida, diretor de operações da Itauára, afirmou que pavimentou em 1 semana com apenas 3 pessoas,  2.000 metros quadrados.

A Trenatec Engenharia foi a primeira empresa baiana a inovar na pavimentação e já está utilizando o seu equipamento como força de marketing. Em uma postagem no instagram, o cliente diz entregar 5 vezes mais rápido as obras de pavimentação. 

Em Castanhal, Pará, a empresa ESALLES aumentou expressivamente a performance na pavimentação de seus loteamentos.

Todo esse processo faz parte de uma mudança de cultura, uma quebra de paradigma no segmento da pavimentação. Muitos são resistentes à mudança, mas a inovação já chegou e veio pra ficar. O que temos visto, há mais de 10 anos atuando neste mercado, é que existe uma escassez de mão de obra no mercado cada vez mais crescente, e em contrapartida o paver está em alta: praças, condomínios, parques, estacionamentos, shoppings e muitos outros empreendimentos demandam cada vez mais esse tipo de serviço.

Quem investir agora na mecanização vai absorver boa parte da demanda cada vez mais crescente, com grandes chances de permanecer mais tempo no mercado.

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